Se no mundo fashion a modelo precisa estar sempre magra, o modelo "rala" para ficar o mais trincado possível! Mas... será que só isso basta para um modelo fazer sucesso? Orando por quem respondeu "Sim" Ainda bem que existe gente que prova que não! Renato Freitas (Fly), de 26 anos, se tornou um dos modelos mais requisitados da moda europeia e asiática, justamente por somar beleza, talento e tanquinho dedicação!
Nascido em Goiânia (Goiás), onde deu seus primeiros passos como modelo, o jovem de 1.84 m já morou na China, Coreia do Sul, Filipinas, Hong Kong, Itália, Singapura, Tailândia e Taiwan! Resumindo: a casa de Freitas é sua mala :O)
Atualmente em Istambul, na Turquia, o top foi mega atencioso e respondeu as perguntas que estava querendo fazer "a long time ago" à ele :D Confiram!
- Uma boa parte das modelos sonha com a profissão desde criança. Com você também foi assim ou tudo aconteceu por acaso? -
Renato: "Na época do colégio, meus amigos viviam dizendo que eu deveria ser modelo. Mas, como era muito tímido, não quis saber disso. Surgiram até alguns convites pela Internet, mas fiquei com medo de me meter em alguma furada pelo fato das agências serem de fora da minha cidade. Alguns meses depois, uma agência da minha cidade me procurou e pensei: poxa, já é o quarto convite que recebo; isso não deve ser atoa. Fui até essa agência, o pessoal de lá avaliou meu perfil, fui aprovado e desde então nunca mais parei de trabalhar. Com o tempo, fui mudando para agências melhores até receber o convite de uma agência de Recife para iniciar minha carreira internacional. Não pensei duas vezes: abandonei minha faculdade de Administração e fui para o mundo! Graças a Deus, foi a melhor decisão que já tomei na vida. Tudo deu muito certo, e estou firme até hoje."
- Como foi sua primeira temporada internacional? -
Renato: "A Ásia foi uma escola para mim. Foi lá que aprendi a modelar de verdade e a entender como o mercado funciona. Trabalhei bem nos lugares que morei e decidi que isso era o que eu queria para a minha vida."
- Em relação a trabalho, você prefere Europa ou Ásia? -
Renato: "Depende... Na Europa, os únicos lugares que superam a Ásia são Alemanha e Paris, que continuam pagando muito bem. Eles não baixaram o preço e os bons clientes continuam fortes. Não compensa mais ir para Milão, porque a cidade está cheia de modelos! Tem pouco trabalho e não estão pagando bem... nem para uma campanha. Claro, na Europa se encontram os melhores profissionais e a chance de algo com uma projeção mundial aconcetecer é bem maior! Mas não pretendo ficar muito tempo por aqui... Apesar da Ásia não estar tão boa quanto antes, tenho clientes que sempre querem trabalhar comigo. Resumindo: Europa é fama, Ásia é grana."
- No Brasil, as modelos trabalham bem mais que os modelos. Fora do país, vocês continuam sendo minoria? -
Renato: "Isso é no mundo inteiro! Apesar do mercado masculino ter crescido bastante, as modelos trabalham mais, ganham mais, além de outras vantagens. Elas sempre vão ser maioria no mundo da moda."
- Qual momento você considera o melhor da sua carreira? -
Renato: "Bom, essa é uma pergunta que não sei te responder exatamente. Graças a Deus, meu perfil tem uma boa aceitação na maioria dos mercados. Já trabalhei com todas as marcas conhecidas mundialmente. Se for citar tudo de importante que já fiz, ninguém vai ter paciência de ler. [risos]"
- E o pior? Teve algum? -
Renato: "Sim, e foi o único. Quando estava em Cantão, faltando três meses para eu voltar para o Brasil, senti muita saudade da minha família. Fiquei depressivo, com os nervos à flor da pele, porque tinha completado meu primeiro ano fora do país e nunca tinha ficado tanto tempo longe dos meus familiares. Contava os dias para sair daquele lugar sujo, que não me sentia modelo. Eu era apenas uma máquina de fazer dinheiro para eles. Só consegui segurar a barra porque encontrei duas pessoas incríveis que me acolheram no meio de todo esse caos. Os considero como irmãos! Passado o tempo, voltei para o Brasil, recuperei minha confiança, recarreguei as baterias e voltei às pistas mais maduro. Coisas ruins acontecem para que outras melhores venham."
- Foi difícil fotografar com uma cobra na campanha Verão 2010 do estilista Lucas Silveira? -
Renato: "De início, a ideia me assustou um pouco, porque nunca tinha chegado perto de uma cobra. Aliás, nunca faria isso! [risos] Mas, trabalho é trabalho, não é? No dia das fotos para a campanha, me disseram: 'Ok! Vamos começar com você, Renato, que é homem'. Aí, já foram logo colocando ela no meu ombro! Fiquei tenso na hora, foi engraçado. Depois, com a dona da cobra me orientando, fiquei mais tranquilo. O bom é que o animal era quietinho e só dormia! Agora... A modelo que fotografou comigo deu muito trabalho. Ela gritava muito, tipo 'Ai, meu Deus! Ela tá olhando para mim!'. E soube que o dono da marca não aproveitou muito as fotos com essa modelo, porque em todas ela estava com cara de medo. Bom para mim, porque as minhas ganharam mais visibilidade. [risos] Resumindo: foi tranquilo, mas só faço de novo se me pagarem bem! Não dá para confiar nesse bicho, não."
- Além de fotografar com uma cobra, você teve de raspar a cabeça! Sofre muito com essas mudanças no visual? -
Renato: "Não. Minha agência, da época que comecei a modelar, pediu para que eu raspasse a cabeça e deixasse a barba crescer, porque queriam me vender com um perfil mais sexy. Como eles não tinham nenhum modelo desse tipo, aceitei. Curti, sou louco para raspar de novo! Claro, não agora. Trabalho muito com meu cabelo atual e não dá para fazer isso. Depois, quando meu cabelo cresceu, surgiu a campanha do Lucas Silveira [acima]. Ele me pediu para passar a zero na minha cabeça! Aceitei, e o resultado ficou incrível! As pessoas comentam até hoje, acredita? As tatuagens foram feitas pelo artista plástico, e tatuador, Pablo de la Cruz. Foi cansativo ficar sem se mexer por horas, mas tudo valeu a pena. E por falar em mudanças... Já me pintaram de Avatar e até de parede em outros trabalhos! Então, já estou acostumado com esse tipo de coisa. [risos]"
- Me contaram que você adora jogar videogame! -
Renato: "Não. Minha agência, da época que comecei a modelar, pediu para que eu raspasse a cabeça e deixasse a barba crescer, porque queriam me vender com um perfil mais sexy. Como eles não tinham nenhum modelo desse tipo, aceitei. Curti, sou louco para raspar de novo! Claro, não agora. Trabalho muito com meu cabelo atual e não dá para fazer isso. Depois, quando meu cabelo cresceu, surgiu a campanha do Lucas Silveira [acima]. Ele me pediu para passar a zero na minha cabeça! Aceitei, e o resultado ficou incrível! As pessoas comentam até hoje, acredita? As tatuagens foram feitas pelo artista plástico, e tatuador, Pablo de la Cruz. Foi cansativo ficar sem se mexer por horas, mas tudo valeu a pena. E por falar em mudanças... Já me pintaram de Avatar e até de parede em outros trabalhos! Então, já estou acostumado com esse tipo de coisa. [risos]"
- Me contaram que você adora jogar videogame! -
Renato: "Sim, eu era viciado! [risos] Viajava com um Xbox 360 na mala, mas infelizmente tive que abandoná-lo por falta de tempo. E, também, porque queria seguir um novo estilo de vida. Hoje, quando tenho algum tempo livre, procuro fazer algo mais produtivo para minha mente e corpo, como assistir documentários, conhecer lugares e meditar. Também paro para apreciar as coisas simples da vida, que muitos deixaram de dar importância."
- Um modelo precisa estar seguro do próprio corpo para se soltar na frente das câmeras. O que você faz para ficar sempre em forma? -
Renato: "Não tem mágica: vou para a academia todos os dias, procuro ter uma alimentação balanceada, não bebo mais nada que tenha álcool e também não vou mais para baladas. Trabalho com a imagem e não posso levar uma vida louca como antes. Se sinto falta? Claro! Mas para progredir na vida, temos que sair da área de conforto."
- Dá para namorar sério com essa correria da carreira? -
Renato: "É muito difícil manter um relacionamento sério... Estou sempre conhecendo pessoas novas e, na maioria das vezes, elas são mais jovens que eu e com objetivos bem diferentes. Já me acostumei a ficar sozinho, tanto que meu último relacionamento sério foi antes de eu começar a modelar. Também não estou à procura de um amor, acho que tudo tem seu tempo. Meu foco hoje é trabalhar para que no fututo eu tenha algo a dividir com a pessoa certa. Já me relacionei com alguém viajando e que, por coincidência, tinha os mesmos pensamentos que os meus. Atualmente, mantenho contato com uma pessoa e somos muito conectados. Fico feliz quando estamos no mesmo lugar... mas sempre com a razão falando mais alto para um não atrapalhar o trajeto do outro. Como disse antes, tudo tem seu tempo. Se tiver que ser, será."
- Como modelo, qual foi a situação mais hilária que você já passou? -
Renato: "Tem sempre algo hilário acontecendo nos bastidores. Uma vez, em Taiwan, eu estava gravando o clipe de uma cantora muito famosa na Ásia. Em uma das cenas, nós estávamos atuando algemados e, por causa de alguns movimentos bruscos, o pulso dela ficou um pouco machucado. Foi aí que tive a ideia de dar um beijo na mão dela para sarar. Na mesma hora ela ficou gritando: 'Ai, não faz isso! Eu tenho marido!'. Todo mundo, claro, riu muito! Mas, uma pessoa, que também estava nas gravações, filmou o momento com o celular e publicou na Internet. O vídeo logo se espalhou pelas redes sociais, revistas e canais de fofocas. No dia seguinte, a imprensa foi até minha agência querendo me entrevistar! Ninguém sabia que a cantora ia casar e acharam que iria ser comigo. Confesso que a experiência de ser famoso por uns dias foi bem divertida. Eu saia nas baladas e todo mundo me olhava como se não acreditasse que eu estivesse lá. E sempre tinha um grupo de taiwanesas me cercando para tentar alguma coisa. [risos]"
- É verdade que modelo odeia tirar polaroids? -
Renato: "Sim. Na maioria das vezes, a agência mãe pede as polaroids com urgência e a gente nunca acha que está cem por cento. Mas temos que fazer... mesmo estando de mau humor. [risos] Só gosto de tirar polaroid quando posso me preparar, porque nem sempre consigo manter uma dieta e ir à academia. Agora, por exemplo, estou na correria! Trabalho, praticamente, todos os dias e só chego em casa à noite. E ainda tenho que achar horário para malhar! Vida de modelo não é fácil, existe muita dedicação e esforço por trás das câmeras."
- Como você se sente quando se encontra em algum outdoor? -
Renato: "Muito feliz! É surreal me ver neles! Meus amigos me mandam fotos de quando me encontram em alguma faixada de loja, outdoor ou revista. É uma troca boa de energia. Além disso, fico mega orgulhoso de saber que fiz um grande trabalho."
- Que tipo de música você curte? -
Renato: "Sim. Na maioria das vezes, a agência mãe pede as polaroids com urgência e a gente nunca acha que está cem por cento. Mas temos que fazer... mesmo estando de mau humor. [risos] Só gosto de tirar polaroid quando posso me preparar, porque nem sempre consigo manter uma dieta e ir à academia. Agora, por exemplo, estou na correria! Trabalho, praticamente, todos os dias e só chego em casa à noite. E ainda tenho que achar horário para malhar! Vida de modelo não é fácil, existe muita dedicação e esforço por trás das câmeras."
- Como você se sente quando se encontra em algum outdoor? -
Renato: "Muito feliz! É surreal me ver neles! Meus amigos me mandam fotos de quando me encontram em alguma faixada de loja, outdoor ou revista. É uma troca boa de energia. Além disso, fico mega orgulhoso de saber que fiz um grande trabalho."
- Que tipo de música você curte? -
Renato: "Rock das antigas e Hip Hop."
- Ainda sonha em fazer algo como modelo? -
Renato: "Sim, modelar em Nova Iorque."
- Se tivesse a chance de relizar um pedido - até então - impossível, qual seria? -
Renato: "Reunir todas as pessoas que amo no mesmo lugar."
- Para encerrar, quero que você me diga uma qualidade para cada letra do seu nome. -
Renato: "Responsável, engraçado, notável, aventureiro, trabalhador e otimista. PS: ainda bem que não me chamo Wellington! [risos]"
Modelo sensacional/ Pessoa sensacional.
ResponderExcluirAinda vão ouvir falar muito desse cara!!!
Parabens pela entrevista.